Hopi Hari passa agora a checar travas 2 vezes
Procedimento será feito nas montanhas-russas do parque; Torre Eiffel, onde garota morreu, seguirá fechada
Entrevista com
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24 de março de 2012 | 03h03
O Hopi Hari vai reabrir neste domingo, depois de 20 dias fechado para vistorias em 14 brinquedos, após a morte de Gabriella Nichimura, de 14 anos, em 24 de fevereiro. Na tarde de sexta-feira, o vice-presidente do parque, Claudio Guimarães, falou ao Estado sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público para garantir a segurança no local.
ESTADO: O parque abre neste domingo. Quais mudanças vão ocorrer na rotina de atendimento e de segurança?
Claudio Guimarães: Há melhorias contínuas que o parque sempre faz, buscando segurança e procedimentos melhores. Algumas delas já estão no TAC que nós assinamos (com o Ministério Público).
ESTADO: Pode citar algumas?
Claudio Guimarães: Nos brinquedos Montezum e Vurang (as duas montanhas-russas), por exemplo, nós vamos adotar a checagem dupla. Um funcionário vai checar, depois vem um outro e verifica novamente a trava.
ESTADO: Esse procedimento não era adotado?
Claudio Guimarães: Não, a checagem era única, como ocorre nos principais parques do mundo.
ESTADO: O que está sendo realizado na Torre Eiffel agora, onde Gabriella morreu?
Claudio Guimarães: Está parada, ficará parada até o fim das investigações.
ESTADO: Algo será feito na torre?
Claudio Guimarães: No TAC, há uma recomendação de contratarmos um especialista para verificar nosso processo de treinamento e identificar se existem pontos em que possam ser feitas melhorias.
ESTADO: Há alguma nova norma de segurança para o parque?
Claudio Guimarães: Não, continuamos com o sistema de segurança integrado.
ESTADO: Como ele funciona?
Claudio Guimarães: Há procedimentos de segurança em todo o processo, seja ele na manutenção, durante a operação ou nas instruções em que falamos para os visitantes - durante o processo de embarque e desembarque. É um processo integrado que garante a segurança do nosso visitante.
ESTADO: A vistoria não identificou nenhum problema na segurança do parque até agora?
Claudio Guimarães: Não.
ESTADO: O parque já foi procurado pelos advogados da família da vítima? Não. Acredito que a principal preocupação deles, e da gente, seja investigar o que aconteceu.
Claudio Guimarães: A família chegou a dizer que o parque se omitiu no caso...
Nós demos toda a assistência até o sábado (dia 3), quando eles preferiram seguir sozinhos para Guarulhos. Depois disso, diariamente, entrávamos em contato. Continuamos abertos para oferecer assistência no que for necessário.
ESTADO: A parceria que estava prevista com a Warner foi comprometida?
Claudio Guimarães: Segundo comunicado da própria Warner, não. Continua sendo feita a reforma e nova tematização do parque.
ESTADO: E o Domingo no Parque, programa do SBT?
Claudio Guimarães: A data de estreia foi adiada (seria em 25 de fevereiro, com base na parceria com a Warner) e, nesse processo, não falamos mais. Nós gostaríamos que fosse mantido, mas ainda não conversamos com a emissora.
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