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Hopi Hari: juiz aceita denúncia contra 12

Presidente do parque e funcionários vão responder pela morte de adolescente em fevereiro; pena pode chegar a 4 anos de reclusão

Por Ricardo Brandt e CAMPINAS
Atualização:

O juiz da 1.ª Vara de Vinhedo (SP), Fábio Marcelo Holanda, aceitou ontem a denúncia contra 12 pessoas, incluindo o presidente do parque Hopi Hari, Armando Pereira Filho. Eles são acusados pela morte de Gabriella Nichimura, de 14 anos. Ela caiu do brinquedo La Tour Eiffel em 24 de fevereiro, após a trava de segurança do equipamento abrir.Na denúncia, o Ministério Público considerou que "uma sucessão de erros, que começou com a instalação do brinquedo", provocou a morte da jovem. Os acusados foram denunciados por homicídio culposo (sem intenção de matar). Para o promotor Rogério Sanches, eles "foram omissos ao deixar de tomar os cuidados que impediriam a utilização de uma cadeira do brinquedo que estava havia dez anos desativada".Entre os outros acusados estão 4 operadores, 3 gerentes, 2 supervisores e 2 técnicos. A justificativa para denunciar o presidente do Hopi Hari foi a de que Pereira Filho acumulava também a função de gerente-geral. A Justiça agora vai citar os réus e avaliar a denúncia da Promotoria, que pediu aumento de pena em um terço por "inobservância de regras técnicas". Assim, a pena sai de 1 a 3 anos de prisão para 1 ano e 4 meses a 4 anos de reclusão. A família de Gabriella, que informou ter ficado satisfeita com o conteúdo da denúncia, ainda vai buscar na área cível uma indenização do parque no valor de R$ 2 milhões por danos morais e materiais. O advogado do presidente do parque, Alberto Toron, informou anteriormente que não há responsabilidade criminal por parte da direção do Hopi Hari. Os advogados dos demais denunciados não foram localizados para falar sobre a decisão dada pela Justiça ontem.

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