Hopi Hari continuará fechado por mais 10 dias para vistoria nos brinquedos

Acordo entre o Ministério Público e a direção do parque estipula a inspeção de 14 atrações

PUBLICIDADE

Por Tatiana Fávaro - O Estado de S. Paulo
Atualização:

CAMPINAS - O parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo, interior de São Paulo, ficará fechado por mais dez dias, a contar desta segunda-feira, 12, para a conclusão de vistoria iniciada no dia 5. O complexo de diversões já estava fechado, após assinatura de um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC), no dia 1º. Em acordo, Ministério Público do Estado de São Paulo e a direção do parque decidiram fechar os portões para a inspeção de 14 brinquedos.

PUBLICIDADE

A adolescente de 14 anos Gabriella Nichimura morreu no parque, após cair da atração La Tour Eiffel, no dia 24. O Ministério Público confirmou a prorrogação do prazo de fechamento, prevista no TAC. O advogado do Hopi Hari Alberto Toron também confirmou a informação. "Não há nada de mais. O parque continua fechado para terminarem a perícia", disse. Até o fim da tarde, representantes da Promotoria e do parque estavam reunidos para definir detalhes do acordo e a assessoria do complexo não tinha informações sobre a prorrogação do fechamento.

O TAC prevê que uma equipe composta por representantes do Instituto de Criminalística (IC), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (Crea), Corpo de Bombeiros, Delegacia Regional do Trabalho e Ministério do Trabalho vistorie as atrações consideradas de maior risco: Montanha Russa, Vurang, Ekatomb, Vula Viking, Leva i Traz, Lokolore, Evolution, Rio Bravo, Crazy Wagon, West River, Trakitanas, Simulakron, Giranda di Musik e Dispenkito. Até sexta-feira, dez brinquedos já tinham passado por inspeção, entre eles a Montanha Russa.

A Torrei Eiffel, da qual caiu Gabriella, também foi inspecionada novamente no primeiro dia após a assinatura do TAC. O "elevador" tem 69,5 metros de altura. Dele, conjuntos de cadeiras despencam do alto a uma velocidade de até 94 quilômetros por hora. Segundo a polícia, Gabriella estava a uma altura entre 20 e 30 metros do chão quando caiu. Com base em fotos apresentadas pela família da garota, a Polícia Civil descobriu que a adolescente sentou-se em uma cadeira inoperante há ao menos dez anos, que deveria estar interditada. Nesta segunda, a polícia não ouviu novos depoimentos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.