
05 de outubro de 2013 | 02h01
É o segundo caso na semana que envolve policiais militares em irregularidades praticadas durante repressão ao protesto, que parou o centro carioca o dia inteiro. Anteontem, vídeos mostraram dois oficiais da PM prendendo um menor acusado de portar morteiros. Um dos oficiais, o tenente identificado apenas como Andrade, havia jogado o explosivo próximo ao rapaz, para acusá-lo pelo porte.
O policial que atacou os manifestantes do telhado foi afastado, segundo a PM, e trabalharia na Coordenadoria de Inteligência da corporação.
"Mais um flagrante de repressão descontrolada. Esse sujeito só teve acesso ao telhado da Câmara com autorização de alguém", disse o vereador Renato Cinco (PSOL). O homem de gravata ainda não foi identificado.
Outras imagens divulgadas em redes sociais sugerem que policiais também teriam estado em duas cúpulas do prédio da Câmara, sitiado durante o protesto contra o plano de cargos e salários do magistério.
Suspeita-se que teriam lançados bombas contra manifestantes. Fotografias mostram bombas caindo do alto sobre os grupos que protestavam.
Há ainda o caso do homem, identificado na internet como Tiago Tiroteio, que postou no Facebook uma foto em que mostra, vestido com a farda da PM, um cassetete quebrado. Ao lado, o comentário: "Foi mal, fessor". A página foi apagada. A PM informou que apura o caso.
O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, condenou a PM. "Nada justifica ações violentas da polícia contra os professores", disse a ministra Maria do Rosário.
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