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Homem pode pegar até 30 anos de prisão por matar ex-mulher

Ministério Público em Santos fez denúncia formal na quarta; preso em flagrante, ele confessou o assassinato

Por Rejane Lima
Atualização:

O prático de farmácia Reginaldo da Rocha Soares, de 54 anos, pode ser condenado de 12 a 30 anos de reclusão. Ele foi denunciado pelo Ministério Público na última quarta-feira por ter assassinado sua ex-mulher, a estudante de Farmácia, Margareth Emilliane Pereira Tomaz, de 29 anos, em 22 de maio na Universidade Santa Cecília (Unisanta), em Santos.

 

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Autuado em flagrante, Soares confessou o crime e permanece preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente. Em sua denúncia, o promotor José Octávio Borba de Vasconcelos Filho pede que Soares seja condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e que impossibilitou a defesa da vítima). Segundo o promotor, o crime foi premeditado e Soares utilizou de meio ardil para entrar na Universidade. Ex-aluno, ele apresentou seus documentos e informou que iria à biblioteca, porém foi à sala onde Margareth estava assistindo aula.

 

O crime aconteceu às 10h50. Balconista na farmácia da sua mãe no Jardim Castelo, Soares foi até o campus no bairro do Boqueirão de moto tentar reatar o casamento de 11 anos, rompido duas semanas antes. "Ele começou a falar com ela na frente dos alunos e da professora. A professora chamou os dois para fora e falou que problema familiar não era para ser resolvido no meio da sala de aula", informou na ocasião a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, Edna Pacheco Fernandes Garcia. O casal foi conversar em um laboratório próximo da sala, que estava vazio. Ali, após uma discussão, ele atacou a vítima no pescoço com uma tesoura.

 

O advogado do acusado, Marcelo Cruz, afirma que o crime não foi premeditado e que a tesoura pertencia ao laboratório e não havia sido levada pelo seu cliente, informação não confirmada pela polícia. Em sua defesa, apresentada na tarde desta quinta-feira em resposta à acusação do MP, o advogado pede que a Justiça reconheça a forte emoção do seu cliente no momento, que segundo ele, teve a honra ferida pela vítima. O advogado pede ainda o afastamento das qualificadoras. "Quem premedita um crime não gosta de deixar testemunha e ele foi a sala de aula se declarou publicamente. Quem quer matar não pede socorro e ele pediu para socorrerem a Margareth", concluiu Cruz.

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