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Homem é baleado na frente do Iguatemi

Empresário foi atingido por 2 tiros ao sair de agência bancária com R$ 5 mil; motociclista também disparou em ônibus na Faria Lima

Por Barbara Ferreira Santos
Atualização:

O empresário Sérgio Vicente Passarini, de 50 anos, foi baleado após uma tentativa de assalto em frente ao Shopping Iguatemi, na Avenida Faria Lima, zona oeste da cidade. A vítima saía de uma agência do banco Itaú com R$ 5 mil, quando foi rendida por um motociclista e levou dois tiros. Um ônibus que passava pela avenida também foi atingido.O crime aconteceu às 12h30, horário em que muitas pessoas saem dos escritórios da região para almoçar ou ir ao banco. Após os disparos, houve tumulto e pânico em frente ao shopping. O motoqueiro abordou o empresário em frente à agência bancária e efetuou quatro tiros. Não se sabe se o empresário reagiu ou se, assustado, tentou voltar para o banco. Passarini levou um tiro em cada perna e retornou para a agência com o dinheiro na mão. Os funcionários do banco chamaram o resgate e a polícia, e o empresário foi levado ao Hospital Albert Einstein. Ele não corre risco de vida. Os R$ 5 mil que pertencem à vítima foram depositados novamente em sua conta pela gerente do banco. Segundo o policial militar que atendeu a ocorrência, cabo Eduardo Fleming, o motoqueiro fugiu em direção ao bairro de Pinheiros e ninguém anotou a placa da moto. "Ele estava com capacete preto e uma viseira fumê, em uma moto pequena, segundo as testemunhas. Tinha muita gente na rua e as pessoas estavam bastante assustadas", disse. A delegada que cuida do caso, Lygia Pimentel, pediu ao Itaú imagens das câmeras de segurança para identificar o assaltante. "Não sabemos se ele tinha um parceiro. Com a perícia veremos de onde saíram os tiros que atingiram o ônibus, se do motociclista, de um segurança do banco ou de um possível parceiro."Feridos. O ônibus da Viação Gato Preto, que fazia o trajeto Lapa-Socorro, parou no semáforo em frente ao Shopping Iguatemi quando foi atingido por um dos disparos. A janela ao lado da porta de desembarque, no lado esquerdo do veículo, se estilhaçou e os cacos de vidro feriram quatro pessoas - duas mulheres, um homem e o cobrador."Estávamos parados quando ouvimos três estampidos. No quarto, a janela estourou. Eu mandei todo mundo abaixar e ir para o chão, porque pelo menos as balas passariam por cima", afirmou o motorista, Carlos Aparecido Nunes de Oliveira, de 48 anos."A bala ricocheteou de um lado para outro e foi parar debaixo do banco. Por sorte não atingiu ninguém. Nós ficamos aguardando terminar os tiros. Eu olhava para trás e tinha passageiro em cima de passageiro", explicou Oliveira.O cobrador Wilson Soares, de 38 anos, teve um corte de dois centímetros na perna direita e levou dois pontos. Dois outros feridos tiveram cortes superficiais na mão e outro sofreu uma batida leve n a cabeça. "O mais prejudicado fui eu, que me cortei e precisei tomar ponto", disse Soares.O motorista do ônibus desembarcou os passageiros que não estavam feridos e levou o veículo até o Hospital das Clínicas. "Passamos um nervoso danado. Era horário de pico, o Hospital das Clínicas está passando por reformas e eu fiquei quase uma hora sangrando. Consegui estancar porque amarrei um pano", explicou o cobrador. Ele afirma que, nos quatro anos de profissão, foi a primeira vez que seu veículo foi alvo de criminosos. "Foi uma coisa impressionante, parecia filme. Está tudo bem agora e eu agradeço por estar vivo. Eu amo ser cobrador, amo a minha função e sei que essa foi uma fatalidade."

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