'Hoje, não troco meu pior dia limpo'

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Por Redação
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Analista de negócios de uma multinacional, R., de 33 anos, divide seu passado com poucos. Ele prefere que só os íntimos saibam do período em que chegava a gastar R$ 300 diários em pedras. "Minha mulher ia trabalhar e eu ficava o dia inteiro usando drogas. Usava 24 horas", conta ele, há dois anos longe do crack. Antes de conseguir livrar-se da droga, passou por vários tratamentos, teve recaídas e até tentou o suicídio. Em uma chácara, enfrentou a abstinência com ajuda de vários medicamentos e assistência psiquiátrica. "Agora, levo uma vida normal. Não troco meu pior dia limpo pelo meu melhor dia no uso", conta. Já o almoxarife Rafael Rodrigues, de 26, está sem fumar crack há dois anos e cinco meses. Nos piores momentos do vício, até a família chegou a virar-lhe as costas. "Como pegava coisas na casa da minha mãe para vender, fingiam que não ouviam quando eu batia na porta", conta. Foi a mulher dele, na época namorada, quem levou o rapaz para a clínica onde passou 18 dias. E saiu fortalecido de lá. /A.R.

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