Hoje é dia de celebrar o quê?

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Por Edison Veiga
Atualização:

Sabia que janeiro é o mês do karaokê em São Paulo? E que a primeira semana do horário de verão é a semana oficial da happy hour? Conhece o dia do Fusca, comemorado em 20 de janeiro? E a pomposa data da "Conquista pelo Brasil de seu Tetracampeonato" (17 de julho), ou ainda o Dia do Nascimento do Escritor Gibran Khalil Gibran (6 de janeiro)? Pois São Paulo está cheia de datas comemorativas assim, tudo previsto em lei municipal. E, aparentemente, sem muita lógica: celebra-se o dia do tetracampeonato, por exemplo, mas não há o mesmo para o penta - nem para o tri, o bi ou o primeiro título. Khalil Gibran, escritor libanês (este da estátua aí da foto, inaugurada dois anos atrás em uma praça próxima do Parque do Ibirapuera) que também merece uma data no calendário paulistano, nunca morou por aqui - passou a maior parte da vida nos Estados Unidos. "Esse tipo de lei é uma maneira que os vereadores usam para agradar a um grupo de eleitores", critica a diretora do Movimento Voto Consciente, Sonia Barboza, que há dez anos acompanha os trabalhos na Câmara de São Paulo. "Esses projetos não chegam a atrapalhar o andamento dos assuntos mais prioritários. Mas custam dinheiro público." Afinal, hoje é dia de comemorar o quê, mesmo? OLHA SÓ...Graninha salvadora. Tradicional entidade de assistência judiciária gratuita, o Departamento Jurídico XI de Agosto, criado há 90 anos no centro da cidade pelos alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, sempre teve problemas financeiros. Nos anos 80, ameaçado de corte de luz e de despejo, o departamento contou com a ajuda do atual ministro da Educação, Fernando Haddad, então estudante da faculdade. Ele foi até a loja de sua família, na Rua 25 de Março, e conseguiu um empréstimo do pai. Essa é uma das curiosas histórias contidas no livro Escola de Justiça, que a Imprensa Oficial e o Departamento Jurídico XI de Agosto lançaram na quinta.

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