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Hipódromo do Rio tem plano parecido na gaveta

Conselho chegou a aprovar arrendamento, mas proposta acabou barrada por sócios e rejeitada pelos vizinhos

Por Bruno Boghossian
Atualização:

Parte do nobre terreno do Jockey Club Brasileiro, localizado entre a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Jardim Botânico, na zona sul do Rio, também é cobiçada pelo mercado imobiliário. O clube tentou tirar do papel, em 2008, o projeto de construção de um conjunto de salas comerciais na vila hípica. O projeto esbarrou na resistência dos sócios e nas restrições impostas pelo tombamento de parte do hipódromo. O conselho consultivo do clube chegou a aprovar a proposta de arrendamento de 15 mil dos 640 mil metros quadrados do Jockey, de olho em uma receita que poderia solucionar os problemas de caixa provocados pela queda no volume de apostas das corridas de cavalos. Para virar realidade, o projeto ainda deveria ser aprovado pelos sócios, pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural e por órgãos de proteção ambiental. Segundo a proposta, no terreno, que continuaria sob propriedade do clube, seriam construídos prédios com até três pavimentos para abrigar principalmente escritórios e consultórios.Os novos prédios ocupariam parte da Vila Hípica, que tem cerca de 2 mil baias para cavalos. À época da divulgação do projeto, o presidente do Jockey afirmou que o arrendamento do terreno não afetaria o funcionamento do clube, uma vez que menos de metade do espaço estava ocupada - reflexo da preferência dos proprietários de cavalos pelos centros de treinamento da Região Serrana do Estado. O projeto também enfrentou resistência da Associação de Moradores do Leblon - bairro adjacente à região do Jockey. Para a presidente Evelyn Rosenzweig, a construção de um novo conjunto comercial poderia complicar ainda mais o tráfego na região. Procurada, a presidência do Jockey não retornou as ligações.

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