
03 de abril de 2012 | 03h01
Tudo começou em 1992, quando o governo estadual tombou o casarão. Alegando ter perdido dinheiro com o congelamento do imóvel, o então herdeiro da mansão, Rubens Franco de Mello, iniciou uma ação inédita na Justiça, pedindo uma desapropriação forçada do casarão, em troca de uma indenização de R$ 110 milhões do Estado, em valores atualizados. Até o Supremo Tribunal Federal (STF) já deu ganho de causa à família, mas o Estado recorreu e adiou a decisão final.
Enquanto isso, a família virou alvo tanto da Prefeitura quanto do Ministério Público. A pedido do promotor José Eduardo Ismael Lutti, a Justiça está aplicando há cerca de um ano multa diária de R$ 5 mil, enquanto o casarão continuar abandonado, como revelou o Estado em dezembro de 2011.
Já a Prefeitura pede que o imóvel seja penhorado para pagar uma dívida milionária de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), uma vez que a família não paga o imposto há anos - a conta, segundo pessoas envolvidas no imbróglio, já supera os R$ 15 milhões. Procurado pela reportagem à época, o advogado da família não se pronunciou.
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