Helicóptero que transportava Boechat era pilotado pelo proprietário e tinha documentação em dia

Depoimento de testemunha que disse ter visto pás inoperantes deve ser fundamental na perícia

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A apuração das causas do acidente com o helicóptero que transportava o jornalista Ricardo Boechat e caiu nas proximidades da Via Anhanguera nesta segunda-feira, 11, matando o âncora da Rede Bandeirantes, não será rápida. “Aparentemente é um daqueles casos de múltiplas falhas”, disse ao Estado um especialista em manutenção de aeronaves de asas rotativas – o nome técnico dos helicópteros. Para ele, o depoimento de uma testemunha que teria visto as grandes pás superiores do Bell Jet Ranger inoperantes será fundamental na perícia.

Helicóptero em que estava Ricardo Boechat caiu sobre um caminhão Foto: JF Diorio/Estadão

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O Jet Ranger II é considerado pelos operadores uma aeronave robusta e confiável. Desde o lançamento da primeira versão, em 1962, até o final da fabricação, em 2010, foram produzidas cerca de 7,3 mil unidades de todas as variantes – entre as quais vários modelos de uso militar. A Bell reconhece “empresas e governos usuários” em 36 países. Em configurações de quatro a sete passageiros e motorização opcional, tem autonomia de 693 km, pesa de 1,2 a 1,4 tonelada e voa a 271 km/hora. O valor médio de mercado é de US$ 1 milhão.

O PT-HPG, da transportadora RQ Serviços Aéreos Especializados, de São Paulo, era pilotado no momento da queda pelo proprietário da companhia, Ronaldo Quatrucci. Ele também morreu. O helicóptero estava com a documentação de controle operacional atualizada – o certificado de navegabilidade era válido até 2023 e o de inspeção anual por mais três meses.

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