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Haddad terá ‘bônus’ de R$ 1 bi do governo federal

Valor calculado por equipe de transição inclui repasses e convênios que SP deve fazer com a União tendo petista à frente da Prefeitura

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Por Adriana Ferraz e Diego Zanchetta
Atualização:

SÃO PAULO - Com o petista Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, o orçamento municipal terá um bônus de cerca de R$ 1 bilhão em 2013. O recurso extra será previsto em novos repasses e convênios que devem ser celebrados com o governo federal, segundo calcula a equipe de transição. A previsão é de que a verba da União para a capital mais que dobre em relação a 2012. Quatro áreas essenciais serão contempladas: Saúde, Educação, Transportes e Habitação. Apenas a assinatura de um convênio para construção de 172 creches na capital, por exemplo, deve assegurar repasse aproximado de R$ 250 milhões do Ministério da Educação. Haddad também já costura com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ajuda para a construção de três hospitais na periferia, uma das metas da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) herdadas pelo petista.Dados atuais da execução orçamentária mostram que a média de transferências federais dos últimos quatro anos está na casa de R$ 1,4 bilhão. Com a mudança de governo e os contratos já assinados pela gestão Gilberto Kassab (PSD), a expectativa é de arrecadar R$ 4,1 bilhões já no ano que vem. A arrecadação extra vai fazer o valor passar de R$ 5 bilhões e alcançar marca recorde no ano que vem.A transferência de recursos e os novos convênios vão ajudar o prefeito eleito a tirar do papel, já em seu primeiro ano de governo, algumas de suas principais promessas. Na lista, estão a inauguração de pelo menos cinco Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). Na área da Saúde, há a expectativa ainda de que a criação da rede Hora Certa conte com verba federal. As 31 novas unidades prometidas por Haddad para realização de consultas, exames e pequenas cirurgias vão custar no mínimo R$ 150 milhões. "Já falei com o ministro e ele tem todo o interesse em investir no Hora Certa, que pode virar um modelo para ser expandido para outros municípios", disse Haddad. Moradias. A demanda por convênios com o governo Dilma Rousseff (PT) prevê também viabilizar o compromisso de aumentar o ritmo de construção de moradias populares na cidade. Na semana passada, Haddad já iniciou a negociação com o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro (PP). A intenção é obter aval para fazer 55 mil habitações dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.Uma segunda conversa com Ribeiro está marcada para dezembro, antes mesmo do início da administração petista. Na pauta, outra marca que Haddad pretende realizar: o Arco do Futuro. O nome refere-se a um plano de mobilidade que visa a descentralizar a oferta de empregos, evitando longos deslocamentos e aumentando a qualidade de vida da população. Ele é composto de 17 medidas prioritárias, como obras de mobilidade urbana e pacote de isenções fiscais a empresários interessados em investir na periferia.Durante a campanha eleitoral, Haddad chegou a afirmar que o projeto vai demandar investimentos da ordem de R$ 20 bilhões. Valor que só poderá ser alcançado com apoio não apenas federal, mas também estadual. Hoje, o orçamento municipal chega a R$ 38 bilhões, com previsão de crescimento em 2013 para R$ 42 bilhões.Na área de Transportes, a implementação do bilhete único mensal é o principal objetivo, mas não o único. A construção de corredores de ônibus mais modernos e os investimentos em Metrô também estão entre as demandas consideradas urgentes pelo novo governo. Haddad firmou compromisso de buscar verbas para quatro linhas novas da companhia e para os corredores, além de tentar um convênio para construir uma ligação subterrânea entre as Estações Barra Funda e Brás da CPTM.

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