Haddad pede a Alckmin que também solicite ajuda do MP em atos

Prefeito vê com preocupação violência em protestos contra alta da tarifa e diz que ligou ao governador; revogação não foi discutida

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Por Isabela Palhares
Atualização:
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad Foto: Nilto Fukuda/Estadão

SÃO PAULO - O prefeito Fernando Haddad (PT) disse "ver com preocupação" a violência nos protestos contra o aumento da tarifa do ônibus e metrô em São Paulo. Ele disse na manhã desta quarta-feira, 13, que procurou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para que ele também peça ao Ministério Público que intervenha na negociação com os manifestantes.

"A preocupação é grande com as cenas que foram colhidas ontem (terça-feira, 12) e hoje (quarta-feira) de manhã liguei para o governador e pedi para ele se associar à Prefeitura nesse pedido que fizemos ao Ministério Público para que promova uma mediação necessária para repelir toda e qualquer forma de violência nos atos da cidade", disse Haddad após dar ordem de serviço a obras em um Centro de Educação Unificada (CEU) na região da Vila Prudente, zona leste da capital. "Ele (Alckmin) se associou, disse que concorda com essa recomendação."

Haddad disse ainda ter "confiança" no poder de intermediação da Promotoria com os manifestantes, mas declarou que neste primeiro momento a discussão seria apenas para garantir o "direito da livre manifestação" e não para revogar o aumento da tarifa de ônibus.

"Ninguém está questionando as manifestações, isso é da democracia. O que nós precisamos é garantir que não haja violência. Recentemente, tivemos em São Paulo manifestações pró-impeachment, contra impeachment, pró-moradia, diversas manifestações que tomaram as ruas da cidade e que se expressaram democraticamente", disse o prefeito. "Temos que incidir com o apoio do MP para que elas ocorram sem violência."