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Haddad não diz se vai manter tarifa de ônibus em 2016

Estado revelou nesta sexta-feira que gestão aumentou no orçamento a previsão de gastos com subsídios para empresas de ônibus

Por Juliana Diógenes
Atualização:

SÃO PAULO - Após aumentar a previsão de gastos com subsídios para empresas de ônibus, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta sexta-feira, 2, que é "precipitado" afirmar se a medida vai garantir o congelamento da tarifa de ônibus em 2016.

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Na manhã desta sexta-feira, 2, durante inauguração de uma UBS no Butantã, o prefeito foi pressionado por jornalistas para responder se a tarifa será mantida no ano que vem. Haddad preferiu não responder, pois, segundo ele, é cedo para tratar do assunto. Ele disse que a imprensa está "querendo forçar uma discussão que não está na mesa".

"Uma variável importante é que nós devemos soltar o edital de licitação neste mês, então isso pode ter impacto sobre o orçamento do ano que vem, dependendo de como se desdobrar", afirmou.

Dados da Secretaria de Finanças apontam que repasses a empresas de ônibus atingiram R$ 1,1 bilhão até agosto Foto: JF DIORIO /ESTADÃO

Outra variável citada pelo prefeito, que pode refletir nos cálculos do valor da tarifa, é o passe livre. De acordo com Haddad, há na capital 800 mil beneficiários do passe livre: 500 mil estudantes e 300 mil idosos. 

"Por exemplo, política de gratuidade. Qual é o impacto disso para o ano que vem? Tem que projetar a evolução dos benefícios. Esse número vai aumentar ou vai diminuir? Então, como é que você pode tirar essa conclusão sem ter os dados técnicos na mão?", disse Haddad. 

O prefeito explicou que as decisões sobre aumento da tarifa do transporte público têm sido organizadas em parceria entre as Prefeituras e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

"A política tem sido metropolitana, municipal e estadual e, portanto, essa questão do calendário político não tem sido a tônica das decisões. São Paulo, especificamente, está numa situação peculiar, com o contrato em aberto. Como é que já se tira essa conclusão do que vai ou não vai? Estamos no curso de um processo", disse.

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