05 de junho de 2011 | 00h00
Administrar os conflitos mais diversos em condomínio é uma das tarefas principais dos mais de 20 mil síndicos paulistanos. O vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), Hubert Gebara, afirma que para lidar com esses conflitos e indisciplinas a multa não é o melhor caminho. É preciso diálogo.
Independentemente da classe social, as brigas mais comuns dizem respeito a cachorros, vagas de garagem, vazamentos e barulho de crianças. "Existe também o clássico da moradora que anda de salto alto à noite e aterroriza a vida do morador de baixo", diz o empresário Dostoievski Vieira, que organizou a feira Mega-Pró Síndico na semana passada.
No caso do sexo barulhento, Vieira recomendou que não houvesse nenhum tipo de intervenção - "há limites para reclamar". Quanto aos problemas com quem usa maconha, ele ainda hoje tem dúvidas sobre como proceder. "É preciso ter técnica e jogo de cintura para contornar brigas assim", defende.
O síndico profissional Maurício Jovino, que atua em um condomínio de 7 torres e 140 unidades em Itaquera, é um dos que exercem o bom senso no dia a dia. "Um problema sempre tem três lados. O de cada um dos que brigam e o lado certo. Quando os moradores ficam frente a frente, se conhecem, acabam se entendendo e viram amigos."
AS POLÊMICAS
Inadimplência
A taxa de 7% é administrável. Dialogar com o devedor e processar quando os atrasos se repetirem são saídas.
Individualizar água e gás
Há consenso de que é o caminho natural. É o método mais justo de cobrança e evita que apartamentos com poucos moradores paguem pelos que gastam mais.
Terceirização
Não há diferença relevante de custo entre os terceirizados e contratados. A terceirização flexibiliza a contratação dos funcionários. Mas cada caso deve ser discutido e pensado.
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