24 de agosto de 2009 | 18h34
Integrantes da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo prometem entrar em greve por tempo indeterminado a partir da meia-noite. Nesta terça-feira, 25, cerca de 500 guardas devem se concentrar a partir das 10 horas nos arredores da sede da prefeitura, no Vale do Anhangabaú, em ato que marca a primeira greve da categoria desde sua criação, em 1986.
Os manifestantes vão pedir abertura de diálogo entre o Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo (Sindguardas-SP) e a prefeitura para discussão de uma pauta de reivindicações. Entre as exigências, os guardas reclamam reposição de perdas salariais, aumento em 140% das gratificações e melhoria nas condições de trabalho, como limpeza de áreas públicas e fornecimento regular de uniformes.
A deflagração da greve ganhou força depois da análise de uma pesquisa encomendada pela entidade. De 29 municípios paulistas consultados, São Paulo mostrou ter a pior remuneração profissional. "A média de salários nos municípios pesquisados é de R$ 1.700", diz o presidente do sindicato, Carlos Augusto Souza Silva. "A categoria em São Paulo recebe R$ 895. É muito pouco." Com o incremento de 140% nas gratificações, os vencimentos da classe passariam para R$ 1.281.
Silva espera adesão à paralisação de 70% da categoria, dentro de um contingente de 3.570 profissionais. Segundo o sindicalista, em abril a pauta de reivindicações foi protocolada na sede da prefeitura, mas até agora não houve uma resposta. A greve foi aprovada em assembleia realizada quarta-feira, quando foi interrompida a fiscalização do comércio ambulante no centro de São Paulo.
Desde as 18h30 desta segunda, o sindicato se reúne com membros da Guarda Metropolitana para orientá-los sobre como agir durante a greve. Uma das recomendações é que os funcionários entrem em contato com a entidade se forem ameaçados durante a paralisação. A prefeitura ainda estuda alternativas para manter a vigilância no município durante a greve.
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