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Guarda acusado de matar estudante em Heliópolis é indiciado

GCM que disparou o tiro contra a jovem responderá por homicídio culposo - quando não há intensão de matar

Por Solange Spigliatti e Central de Notícias
Atualização:

O guarda civil metropolitano Vicente Pereira Passos, de 45 anos, foi formalmente indiciado por homicídio culposo na segunda-feira, 14, após prestar depoimento ao delegado Gilmar Contreras, titular no 95º DP. Após ser ouvido, ele foi liberado. O GCM, de São Caetano do Sul é acusado de disparar o tiro que matou a estudante Ana Cristina de Macedo, de 17 anos, durante uma perseguição na favela de Heliópolis, na zona sul de são Paulo, no último dia 31.

 

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Laudo do Instituto de Criminalística (IC) aponta o guarda como o autor do disparo que matou a jovem. Segundo o delegado, ele vai responder ao processo em liberdade, "pois não há indícios de que houve intenção na morte da jovem".

 

A morte da jovem causou protestos na maior favela de São Paulo no começo de setembro. Os guardas civis envolvidos no caso, Edson Damião Estevam, Luziel Pereira da Costa e Vicente Pereira Passos, foram afastados das funções e um processo administrativo foi aberto para apurar o tiroteio que causou a morte da jovem. Os três guardas tiveram as armas apreendidas para perícia. Os GCMs afirmaram que perseguiam um grupo que havia roubado um carro.

 

Por causa da morte de Ana Cristina, os moradores fizeram protestos, ateando fogo em carros, ônibus e depredando outros veículos. A adolescente voltava do colégio quando foi atingida pelo disparo. O namorado dela disse que Ana Cristina iria sair de São Paulo para viver com ele em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

 

Segundo a PM, o segundo protesto feito por alguns moradores do local teria uma recompensa: alguém distribuiu avisos que os participantes iriam receber uma cesta básica caso colaborassem. A PM reforçou o policiamento no local e, durante o protesto, 21 pessoas envolvidas foram presas.

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