Dez criminosos, metade formada por adolescentes, foram detidos, por volta das 17 horas deste domingo, 9, em Santo Anastácio(SP), a 600 quilômetros da capital, no momento em que torturavam um refém com o objetivo de conseguir dados de parentes e amigos da vítima que trabalham como agentes penitenciários na região. Após receberem uma denúncia anônima, policiais militares do 42º Batalhão de Policiamento do Interior foram até a residência nº 85 da rua Martins Osores Rodrigues, no Jardim Maringá, onde encontraram o bando e a vítima, que havia sido seqüestrada na noite do último sábado. Agredido fisicamente e torturado inclusive com choques elétricos, o refém negava-se a passar informações sobre parentes e colegas, que seriam caçados e executados pelos criminosos. A intenção do grupo era, caso não conseguisse os dados necessários, matar a vítima ainda neste domingo. Nenhuma arma foi encontrada com os acusados, vários deles com antecedentes criminais. No imóvel, pertencente a um dos detidos, os policiais apreenderam um voltímetro, uma máquina artesanal usada para dar choque na vítima, uma porção de cocaína, R$ 508,15 em dinheiro e quatro aparelhos de celular. Os adolescentes foram encaminhados a uma unidade da Fundação Casa na cidade de Irapuru; os demais foram distribuídos para a cadeia pública de Santo Anastácio e para a cidade de Presidente Venceslau. A polícia agora irá investigar quem está por trás do grupo detido e se há detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que atua dentro e fora dos presídios de São Paulo.