
20 de fevereiro de 2014 | 02h05
Em 2013, os agentes da PF entraram em greve logo depois da Copa das Confederações, pedindo uma negociação para mudança do plano de carreira, mas não foram atendidos. Neste ano, já recomeçaram a mobilização, mas ainda sem indicativo de greve.
Dentro do governo, a avaliação é de que a crise entre delegados e agentes já levou a tal grau de deterioração na relação que a direção-geral perdeu o controle da instituição. Um exemplo de que os atritos dentro da corporação estão crescendo foi mostrado pelo Estado no dia 8, em Brasília.
Enquanto agentes, papiloscopistas e escrivães protestavam por melhores condições de trabalho na frente do prédio da Superintendência Regional da Polícia Federal do Distrito Federal, um delegado chegou de carro e avançou com o veículo em direção a manifestantes que ocupavam parcialmente o acesso ao prédio. Houve tumulto e bate-boca. Atualmente, nem o Ministério da Justiça sabe avaliar o grau de insatisfação dentro da polícia.
O uso dos militares ainda não está previsto, apenas em casos excepcionais. A presidente, no entanto, não descarta lançar mão dessa alternativa. A avaliação é de que, apesar dos riscos de imagem que seria ter soldados pelas ruas, o sentido de hierarquia e comando nas Forças Armadas é mais forte e não traria surpresas desagradáveis no maior evento do ano.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.