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Governo reduz itens de plano de desestatização, mas não consegue votar texto na Câmara de SP

Continua no pacote a concessão dos parques municipais, do serviço de guincho e estacionamentos e do bilhete único; discussões devem ser retomadas nesta quinta

Por Bruno Ribeiro
Atualização:
Parlamentares não conseguiram consenso e, às 22 horas, a sessão foi suspensa Foto: Felipe Rau/Estadão

SÃO PAULO - Para tentar aprovar o plano de desestatização proposto pelo prefeito João Doria (PSDB) na noite desta quarta-feira, 20, na Câmara Municipal, o governo reduziu a quantidade de itens que seriam repassados à iniciativa privada em um mesmo pacote, após negociação com a base e a oposição. Mesmo assim, ainda não conseguiu aprovar o texto. 

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As discussões devem ser retomadas nesta quinta, 21. Continua no pacote a concessão dos parques municipais, do serviço de guincho e estacionamentos e do bilhete único. Saem bicicletas compartilhadas e mobiliário urbano.

O que travou as negociações e impediu o avanço do texto, já aprovado em primeira votação, é o sexto item do pacote: mercados e sacolões municipais. Os vereadores têm sofrido pressão dos cerca de 840 permissionários que têm lojas nesses espaços, contrários à medida. 

Após negociações, em que inicialmente o governo havia topado retirar alguns mercados da lista, os parlamentares não conseguiram consenso e, às 22 horas, a sessão foi suspensa.

No caso das bicicletas, o Executivo deverá editar decreto para liberar o credenciamento de empresas que queiram explorar o serviço, semelhante à regulamentação do transporte particular privado, como o Uber. Sobre o mobiliário, novo projeto deverá ser enviado à Câmara, mas terá de passar novamente pelas comissões internas e duas votações, o que dificilmente deverá ocorrer ainda neste ano, segundo vereadores da base.

Líder do governo, o vereador Aurélio Nomura disse que o adiamento da votação não poderia ser visto como uma derrota. "Ao longo da tarde, vários substitutivos foram sendo apresentados, então não tivemos tempo de analisar todos eles. Por isso, agora teremos mais tempo para o governo analisar", afirmou.

O governo quer que o texto vá para votação nesta quinta com todos os mercados. A oposição espera iniciar a negociação só com o Mercado Municipal e o da Cantareira, os maiores, no centro. 

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