Governistas da CPI dos Transportes barram promotor

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Por Diego Zanchetta
Atualização:

Vereadores governistas da Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) dos Transportes da Câmara Municipal conseguiram barrar ontem a convocação do promotor de Justiça Saad Mazloum, responsável por apurar falhas nos serviços de ônibus e lotações de São Paulo. O requerimento, apresentado pelo vereador Eduardo Tuma (PSDB), único oposicionista da comissão, foi rejeitado pelos outros seis parlamentares da CPI, todos da base de sustentação do prefeito Fernando Haddad (PT).Para integrantes da CPI como Milton Leite (DEM), ligado aos perueiros, e Adilson Amadeu (PTB), próximo de empresários donos de viações de ônibus, é melhor ouvir o promotor depois da análise de documentos solicitados aos governos municipal e do Estado. Ao todo, a comissão aprovou 43 requerimentos em sua primeira sessão, realizada ontem.Um deles obriga o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto (PT), a enviar ao Legislativo documentos sobre o sistema de transportes, incluindo cópias dos contratos da Prefeitura com as empresas de ônibus e cooperativas de lotações. A Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Transportes informou estar à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos à CPI.Escolha. De última hora e após conversa com o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), o governo petista também indicou a vereadora Edir Sales (PSD) para ser relatora da CPI. A decisão foi tomada após Roberto Tripoli (PV) discordar ontem à noite da indicação de Dalton Silvano (PV) para a relatoria. Para Tripoli, o governo escolheu Silvano sem fazer qualquer discussão com a bancada do PV, que tem quatro vereadores.Indignado com a mudança, Silvano não apareceu na primeira sessão realizada pela comissão, no Palácio Anchieta.Blindada. Para o líder do PSDB na Câmara Municipal, Floriano Pesaro, a "CPI já nasce blindada" contra ataques ao governo ao deixar o único partido de oposição fora da relatoria do processo, como queriam os tucanos.

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