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Governador de SP diz que cracolândia precisa 'da ajuda de todos'

Alckmin admitiu reuniões para decidir operação e celebrou procura por internações voluntárias

Por Daiene Cardoso
Atualização:

SÃO PAULO - O governador de São Paulo Geraldo Alckmin admitiu nesta segunda-feira, 16, que várias reuniões foram realizadas com a prefeitura de para decidir a ação conjunta que seria adotada na ocupação da cracolândia, no centro da capital paulista. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Estado e Prefeitura discutiam a estratégia de ocupação desde dezembro.

 

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Alckmin, que se referiu à região como "ex-Cracolândia", comemorou "os indicadores positivos" da operação. "Aumentou muito o número de pessoas procurando abrigos sociais. Agora estamos oferecendo mais 286 vagas em abrigos. Também aumentou muito a procura por internação voluntária, nenhuma foi compulsória. Foram sete por dia", revelou.

 

Questionado sobre uma possível participação do governo federal na ação, Alckmin disse que a região precisa "da ajuda de todos", seja da União, das Igrejas ou do Ministério Público. "Esse é um trabalho longo, só está começando", destacou. 

Para Alckmin, a ação na Cracolândia é um trabalho social, de saúde e de segurança pública. "Nós acreditamos na recuperação das pessoas. Nós temos o dever de ajudar a população e os dependentes químicos, e de combater duramente o tráfico de drogas", justificou.Dados do governo estadual contabilizam 80 internações, apreensão de 2,355 kg de crack, 10,208 kg de cocaína e de 17,875 kg de maconha, retirada de 101 toneladas de lixo das ruas da Cracolândia, além da recaptura de 43 fugitivos procurados pela Justiça e prisão de 109 pela Polícia Militar desde o início da ocupação, no último dia 3 de janeiro.

 

Alckmin contou que já passou "uma madrugada inteirinha" andando à pé pela região, pouco antes de assumir o novo mandato como governador. Na última sexta-feira passou pela "ex-Cracolândia", mas como seguiria para um evento religioso, não desceu do carro. "Tenho ido pessoalmente in loco", garantiu.

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