10 de fevereiro de 2009 | 11h11
Gil Rugai conseguiu mais um habeas corpus e deve deixar a prisão. A decisão foi confirmada à defesa de Rugai na segunda-feira, 9, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Gil Rugai é acusado de matar o pai e a madrasta em 2004. Ele foi preso em setembro de 2008, depois de mudar de cidade sem avisar à Justiça. Em 2006, Gil Rugai conseguiu um habeas corpus concedido pelo STF, depois de ficar dois anos preso. No dia 11 de setembro, o TJ de São Paulo negou um pedido de habeas corpus a Rugai. A decisão foi tomada pelo ministro Arnaldo Esteves Lima, da 5ª Turma. Em sua decisão, o ministro ressalta que Rugai não pode se ausentar de São Paulo sem antes avisar a Justiça - o que fez com que ele tivesse a prisão decretada após conseguir o benefício da liberdade provisória. O rapaz é acusado de ter assassinado a tiros o pai, o publicitário Luiz Carlos Rugai, e a sua madrasta, Alessandra Troitiño, em março de 2004, no Pacaembu, na zona oeste de São Paulo. No entanto, ele nega ter cometido o crime. Gil Rugai está na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior do Estado. Cronologia 29 de março de 2004 - Um dia após o empresário Luiz Carlos Rugai e a mulher, Alessandra Fátima Troitiño, serem encontrados mortos na casa da Rua Atibaia, em Perdizes, onde moravam e tinham uma produtora de vídeo, o vigia da rua diz ter visto Gil Rugai, filho de Luiz Carlos, saindo da casa na noite do crime, na companhia de outra pessoa. 30 de março de 2004 - A polícia descobre que a produtora sofreu desfalque de R$ 100 mil um mês antes do crime. Gil trabalhava na contabilidade. 4 de abril de 2004 - Perícia encontra cartucho disparado pela mesma arma usada nos assassinatos no quarto do estudante na casa do pai. No dia seguinte, é confirmado o desfalque de R$ 100 mil dado por Gil. 6 de abril de 2004 - O estudante se entrega e nega o crime. No dia 29, a Justiça acolhe denúncia do Ministério Público contra Gil. 21 de maio de 2004 - Laudo constata que a pegada do estudante é compatível com a encontrada em uma porta arrombada na casa do pai. 25 de junho de 2005 - Pistola semi-automática calibre 380 é encontrada na tubulação do prédio onde Gil mantinha sua produtora. 6 de julho de 2005 - Perícia conclui que a pistola é a mesma usada para matar Luiz Carlos e Alessandra. 9 de agosto de 2005 - Rugai tem liminar negada em dois habeas corpus pelo ministro Joaquim Barbosa, do STF. Foram negados o trancamento da ação penal a que o estudante responde na Justiça e a revogação de sua prisão preventiva. 15 de setembro de 2005 - Juiz Cassiano Ricardo Zorzi Rocha, do 5º Tribunal do Júri, anuncia que Gil Rugai vai a júri popular. A data do julgamento ainda não foi marcada. 18 de abril de 2006 - Após dois anos e 13 dias preso, o estudante Gil Rugai, de 22 anos, obtém habeas corpus no STF para aguardar seu julgamento em liberdade. 19 de abril de 2006 - Gil Rugai sai do Centro de Detenção Provisória (CDP) e aguarda o julgamento em liberdade provisória. 9 de maio de 2006 - A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça nega recurso da defesa de Gil Rugai e decide que ele vai a júri popular. No entanto, a data do julgamento não é definida. 8 de setembro de 2008 - Procurador pede a revogação da liberdade provisória concedida a Gil Rugai. Texto ampliado às 11h24 para acréscimo de informações.
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