Gigante Itu vai ser retratada pela Império de Casa Verde

Cidade paulista irá comemorar 400 anos de fundação e terá sua história revisitada no Anhembi

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Por Leandro Calixto - Jornal da Tarde
Atualização:

Conhecida no mundo do samba pela grandiosidade de suas alegorias, a Império de Casa Verde vai levar para avenida a história de uma cidade que também ficou marcada pelo seu gigantismo. A aconchegante Itu, que fica a pouco mais de 90 quilômetros de São Paulo, será retratada na passarela do sambódromo, no ano em que completa 400 anos de fundação.

 

 

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"Achamos bacana falar de uma cidade que tem tudo a ver com a gente. Tudo lá é muito grande, como as nossas alegorias. Mas quando recebi a pesquisa do carnavalesco, o que mais me impressionou foi a importância histórica e cultural de Itu. Vamos falar da trajetória de uma grande cidade e fazer um belo desfile", garante o vice-presidente da escola de samba da zona norte, Júnior Marques.

 

Com 16 anos de existência, a Império de Casa Verde, dissidente da tradicional Unidos do Peruche, se firmou como uma das principais escolas do carnaval da capital paulista, ao menos no que diz respeito a resultados. Foi bicampeã do Grupo Especial em dois anos consecutivos: 2005 e 2006.

 

Para o carnaval deste ano, a escola trouxe de volta o carnavalesco Marco Aurélio Ruffinn, de 40 anos. Ruffin retorna à agremiação dez anos depois de sua primeira passagem. "Uma década se passou e vejo o crescimento da Império. Aqui, não tenho problemas de infraestrutura. Tudo é mais dinâmico", elogia o carnavalesco. "Aqui (barracão da escola) não venta, não chove e não entra água", afirma o artista.

 

Marco Ruffinn passou nos últimos anos pelas escolas Leandro de Itaquera, Acadêmicos do Tucuruvi e ainda pela Tom Maior, onde teve seu trabalho reconhecido por bons carnavais feito pela escola da zona oeste. Enquanto muitas agremiações ainda preparam seus desfiles debaixo de viadutos, a Império de Casa Verde produz o seu espetáculo em um espaço amplo, com mais de 10 metros de altura. As alegorias são todas montadas e armadas no próprio barracão. "Aqui é uma indústria com mais de 80 pessoas trabalhando", afirma.

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