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'Gigante' foi presente de 400 anos

Por / RODRIGO BURGARELLI
Atualização:

Um gigante de dez metros observa todos os dias o movimento na Avenida Santo Amaro, zona sul da capital. Erguida em 1963, a estátua de Borba Gato causa polêmica - há quem classifique sua estética como duvidosa, mas é impossível negar que o bandeirante é um dos símbolos paulistanos mais pitorescos.

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O autor da obra foi o santamarense Júlio Guerra (1912-2001). Ele nasceu em Santo Amaro quando a atual subprefeitura ainda era um município independente - ela só foi incorporada à capital em 1935. Júlio começou a trabalhar com arte aos 14 anos e construiu vários monumentos públicos na cidade, como a Mãe Preta - escultura que fica no Largo do Paiçandu, no centro, e o mural do Teatro Paulo Eiró, na Avenida Adolfo Pinheiro.

A estátua do Borba Gato, porém, é a sua obra mais conhecida pelos paulistanos. Ela demorou seis anos para ser feita e foi inaugurada no aniversário de 400 anos de Santo Amaro. Com 20 toneladas, é totalmente revestida com pedras coloridas de basalto e mármore, como o mosaico. A estrutura interior é feita de concreto - trilhos de bonde foram usados para suportar o peso.

O homenageado é um dos bandeirantes mais famosos do Estado. Genro de Fernão Dias, Borba Gato viveu durante os séculos 17 e 18 e participou das bandeiras que encontraram ouro em Minas Gerais.

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