08 de novembro de 2011 | 03h03
O tiro que atingiu Gelson atravessou seu corpo e o projétil não foi recolhido. Sem ele, peritos da Divisão de Homicídios (DH) trabalham na ampliação das últimas imagens do cinegrafista e no cruzamento de depoimentos de testemunhas para produzir prova contra o autor do disparo.
O repórter Ernani Alves, da Bandeirantes afirmou ontem no enterro do colega que a DH já identificou o assassino. Mas, em depoimento à polícia, Alves não identificou o atirador entre os nove presos e quatro traficantes mortos no domingo.
"Nenhuma possibilidade está descartada. Todas as investigações são para apurar quem foi o autor do disparo", disse o delegado Felipe Ettore. Investigadores acreditam que o atirador possui algum treinamento militar, pois os tiros foram certeiros. O primeiro disparo atingiu uma árvore pouco acima da cabeça do cabo da PM que era seguido pelo cinegrafista. O segundo passou à direita do policial e acertou Gelson. Entre os quatro mortos na operação, apenas Jorge Ricardo dos Santos, de 22 anos, não tinha antecedentes criminais.
O corpo de Gelson foi sepultado ontem às 14h30. Cerca de 250 pessoas, entre parentes, amigos e colegas, acompanharam o enterro no Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária do Rio. "Ele morreu cumprindo sua missão. É um herói", disse Ricardo Domingos, irmão de Gelson.
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