01 de fevereiro de 2013 | 02h00
"Se a espuma não estivesse lá, os jovens não teriam morrido", afirmou o delegado. A espuma foi colocada acima do palco por um funcionário da casa em agosto, após abaixo-assinado de 87 vizinhos que reclamavam do barulho do estabelecimento nas madrugadas de domingo.
A espuma foi colocada logo abaixo do teto, como terceira camada de um sistema de isolamento acústico indicado pelo Ministério Público e que deveria ter apenas gesso e cera em vidro. "O resto do isolamento ficou intacto, só a espuma pegou fogo", disse o delegado regional.
A defesa de Elissandro Spohr, o Kiko, um dos donos da boate, admite que ele colocou a espuma sem comunicar a Prefeitura ou os bombeiros. Mas argumenta que o uso foi indicado por uma empresa de engenharia, até agora não identificada por Kiko. A polícia disse ter ouvido um funcionário da casa relatar que colocou a espuma em agosto, por ordem do proprietário. /D.Z.
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