
29 de março de 2014 | 03h00
SÃO PAULO - A Fundação Casa afirma que instaurou sindicância interna para apurar as duas ocorrências de fuga registradas no Complexo Vila Maria, na zona norte, na semana retrasada. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, no entanto, todos os internos que foram recapturados passaram por atendimento na enfermaria da unidade e nenhum deles apresentava sinais de agressão.
A Fundação afirmou também que não foi notificada por nenhum dos órgãos que recebeu a representação (Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública) acerca da denúncia, mas diz que o acompanhamento tanto de sua Corregedoria quanto do Tribunal de Justiça já inclui verificação de casos de agressão. A entidade diz que não compactua com nenhum caso de tortura praticado por funcionários.
Ainda de acordo com a assessoria do órgão, as agressões sofridas pelos funcionários durante as tentativas de fuga não resultaram em confronto com os internos. Assim, diz a Fundação, quem ficou nas unidades também não apresenta ferimentos.
Sobre as acusações feitas pelos funcionários. a Fundação nega que haja superlotação no complexo. Diz que há capacidade para 120 vagas nas unidades onde ocorreram a primeira fuga, 60 em cada, e que elas não atingiram esse número - mas não informou o número de internos nelas. Também nega que internos tenham acesso a celulares, afirmando que há revistas semanais no interior do complexo.
O órgão afirma que, na assembleia dos funcionários de hoje, vai propor 3,97% de correção salarial e aumento de 2,2%, além de correção de benefícios.
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