Ameaçando entrar em greve nas próximas semanas caso suas exigências não sejam cumpridas, aeronautas e aeroviários protestaram ontem em sete Estados reivindicando aumento salarial. No Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, cerca de 200 manifestantes lotaram o saguão principal, bloquearam o acesso de funcionários e discursaram por cerca de duas horas. No Rio, trabalhadores levaram faixas e cobraram a adesão de colegas nos Aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont, prevendo "turbulências" para os passageiros em dezembro. A Infraero, estatal que administra os principais aeroportos do País, disse que os protestos não atrapalharam as operações no dia.Com data-base em 1.º de dezembro, as duas categorias reivindicam 30% de reajuste para os pisos salariais. Querem também 15% de aumento para quem ganha acima do piso, o pagamento de horas extras e o fim de jornadas de trabalho excessivas.Também em São Paulo, cerca de 300 trabalhadores da companhia Swissport - que presta serviços de carregamento de bagagem para companhias aéreas - paralisaram os serviços durante os turnos da manhã e da tarde por reivindicações salariais, segundo o sindicato da categoria na capital. De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, todas as vias de negociação serão usadas para garantir o aumento salarial, mas sindicalistas indicaram que qualquer proposta abaixo de 10% será rejeitada.