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Frequentadores dizem que falta fiscalização

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Por Redação
Atualização:

Quem frequenta os parques de São Paulo reclama da falta de fiscalização do consumo de bebidas por crianças e adolescentes. Entre os usuários entrevistados pelo Estado, a opinião mais frequente é de que a lei não terá efeito."À noite, apenas dois guardas ficam no parque. Então, não adianta nada esse projeto, porque não vai ter fiscalização para impedir que os adolescentes e jovens bebam alguma coisa", afirma Felipe Perobeli, de 20 anos, estudante de Design Gráfico que se reunia com os amigos no Ibirapuera no dia 28 de dezembro, mas sem consumir bebida alcoólica. Ele conta que sempre vê jovens bebendo no parque. "É comum ver essas pessoas (que bebem) passando mal. Elas podem beber perto do parque ou longe, não adianta proibir", acredita.Já o metalúrgico Agnaldo Diniz, de 38 anos, que tomava cerveja no dia 28, na marquise do Ibirapuera, diz que o projeto será capaz de diminuir o consumo de álcool nos parques. "Acho a proposta de lei louvável de proibir bebida alcoólica nos parques. Eu bebi aqui, mas posso beber em outro lugar também. Se proibir, vou respeitar, é claro", diz. Lazer. Entre os jovens que vão à marquise, é comum beber e fumar narguilé. Uma garota, de 14 anos, admite que bebe frequentemente no parque. "A gente vem para cá no fim de semana para se divertir com os amigos e bebida é lazer", afirma. "Nós somos jovens e isso é comum na nossa idade." Para ela, se aprovada, a lei não deve funcionar. "Talvez, se tiver mais guardas, a gente beba menos, mas ninguém vai conseguir fazer os jovens pararem de beber." Já a amiga dela, de 15 anos, acredita que o projeto vai surtir efeito se sair do papel. "Parque não é lugar de beber. Tem gente que exagera", admite a menina. Um menino que integrava o grupo, de 13 anos, disse que é totalmente a favor do projeto em tramitação na Câmara. "Jovem não tem de beber mesmo", diz. Quando questionado se nunca havia ingerido bebida no parque, ele respondeu que não. "Na primeira vez em que viemos aqui bebemos álcool", rebateu uma das meninas. "É algo que todos os jovens fazem. Não é certo, mas é uma realidade", afirma a jovem. /B.F.S.

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