02 de fevereiro de 2014 | 02h06
"A aprovação de um milagre é o mais difícil, porque temos muitos relatos de graças alcançadas, mas sem as informações necessárias que possam levar à constatação de que são milagres", disse irmã Marília Menezes, vice-postuladora da causa de irmã Serafina, em Belém. É difícil também conseguir o testemunho de médicos que trataram dos beneficiários de supostos milagres. "Os médicos sempre dizem terem receitado medicamentos que eventualmente teriam levado à cura, anulando a hipótese de milagre", acrescentou irmã Marília.
Noemi Cinque, nome de batismo de irmã Serafina, entrou para o convento aos 33 anos, contrariando a vontade de seus pais. Em 1971, Serafina foi enviada para Altamira, no Pará. A freira acolhia em casa as gestantes e os doentes, quando o hospital da cidade não dava conta de interná-los. "Irmã Serafina atendeu também a população ribeirinha dos rios da Amazônia, onde era e continua sendo grande a incidência de leishmaniose, malária, anemia e hanseníase", disse irmã Marília.
Irmã Serafina atendia todos, mas ficou conhecida como Anjo da Transamazônica, porque o maior número de doentes se concentrava nas margens da estrada em construção.
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