
25 de novembro de 2011 | 03h02
O Ministério Público acusa o grupo de comandar, a partir do Detran, um esquema que fraudava licitações para contratação de empresas no órgão. As fraudes ocorreram de 2008, quando Wilma de Faria dirigiu o Estado, a 2010, já na gestão Iberê Ferreira. Segundo os promotores, os dois ex-governadores participaram diretamente do esquema de corrupção. O Ministério Público detalha, no pedido de busca e apreensão acatado pela Justiça, que Wilma de Faria chegou a encaminhar ao advogado George Olímpio (que terminaria vencendo a licitação) a minuta do projeto de lei que seria enviada para a Assembleia Legislativa, criando a inspeção veicular no Rio Grande do Norte.
Na acusação, o Ministério Público afirma que o filho de Wilma de Faria, o advogado Lauro Maia, recebia uma mesada de R$ 10 mil do também advogado George Olímpio, apontado como o coordenador de todo o processo fraudulento. Já o genro do ex-senador João Faustino, Marcus Procópio, tinha uma mesada de R$ 5 mil.
R$ 1 bi. A investigação do Ministério Público começou há nove meses, para apurar o contrato da inspeção veicular ambiental no Rio Grande do Norte. Foi descoberto que a quadrilha fraudou desde o processo de elaboração da lei, em meados de 2009, até o processo licitatório, em 2010. A organização criminosa, segundo os promotores, chegou a pagar R$ 35 milhões em propina para políticos e empresários. A fraude renderia para o grupo aproximadamente R$ 1 bilhão.
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