Fogo em depósito da zona leste já dura mais de 30 horas

Cinco equipes do Corpo de Bombeiros ainda trabalhavam no serviço de rescaldo nesta quinta; vizinhos tiveram de passar a noite fora de casa

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Por Barbara Ferreira Santos e Gabriela Vieira
Atualização:

Atualizado às 15h30

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SÃO PAULO - O incêndio que atingiu o depósito de uma das lojas da rede Armarinhos Fernando, na Mooca, na zona leste de São Paulo, já dura mais de 30 horas. As chamas que tomaram conta do prédio comercial, na Avenida Paes de Barros, 156, tiveram início às 10 horas dessa quarta-feira, 31. Até as 15h30 desta quinta-feira, 1º, cinco viaturas do Corpo de Bombeiros ainda trabalhavam no serviço de rescaldo. Este é o segundo incêndio que atinge um galpão do grupo - o primeiro foi no dia 7 de janeiro, a poucos metros do local.

De acordo com os bombeiros, mais de 76 homens e 22 viaturas foram mobilizados na tentativa de controlar as chamas no galpão durante toda a quarta-feira. Não houve vítimas civis, mas um bombeiro fraturou o punho direito, foi levado ao Hospital Militar, na zona norte, e passa bem.

A grande quantidade de fumaça fez com que alguns moradores de prédios e casas vizinhas precisassem passar a noite fora. Os que conseguiram voltar para casa, como o advogado Carlos Alberto Beatriz, de 52 anos, que mora em um prédio ao lado do galpão queimado, ouviram explosões durante toda a noite. "Apesar de os bombeiros terem controlado o incêndio, ainda há muito material inflamável. Ontem mesmo alguns materiais, como vidros de esmaltes, foram lançados para o meu prédio", afirmou ao Estado.

Outros moradores reclamam de vidros de janelas quebrados por causa do calor e batentes de plástico derretidos. "O principal problema é que é a segunda vez que isso acontece, então é preciso tomar uma providência", disse o aposentado Miguel Fernandes, de 72 anos.

Ruas da região seguiam interditadas nesta manhã. Segundo o coordenador da defesa civil da Mooca, Francisco de Almeida Dias, o playground do Condomínio Edifício Verona, na Rua Clark, teve de ser interditado, pois há risco de desabamento da parede, que é colada ao galpão. "Engenheiros irão ao local ainda hoje para avaliar a situação do muro. Os outros prédios vizinhos foram todos liberados."

Segundo a assessoria de imprensa da rede Armarinhos Fernando, as instalações "estão de acordo com as normas vigentes". Ainda não há cálculo do prejuízo. A empresa afirmou que já acionou sua seguradora e está montando uma estrutura para avaliar cada dano causado aos imóveis vizinhos.

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