Saiba o que muda na fase amarela do Plano São Paulo

Na retomada gradual da economia, as regiões do Estado são divididas em cinco fases de flexibilização da quarentena

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Por Marina Aragão
Atualização:

A gestão João Doria anunciou nesta sexta-feira, 26, a transição da capital paulista, região do ABC e sudoeste da Grande São Paulo para a fase 3 do Plano São Paulo, marcada pela cor amarela. Antes, essas regiões estavam na fase laranaja - de controle. A fase 3 é mais uma etapa de flexibilização, com liberação um pouco maior de atividades. De acordo com o Governo do Estado, esta fase permite a reabertura de salões de beleza e barbearias, além de bares, restaurantes e similares. Esta etapa também inclui os setores da fase dois, com maiores flexibilizações.

Shoppings, galerias, comércio popular e serviços terão uma ampliação na capacidade de atendimento, comparado com a fase anterior (laranja), e estabelecimentos como bares e restaurantes, salões de beleza e barbearias estão permitidos com a adoção de protocolos e medidas restritivas específicas. As atividades poderão atuar com até 40% da capacidade e horário reduzido de 6 horas seguidas por dia, respeitando sempre as regras destinadas a cada setor da economia. Academias e “outras atividades que geram aglomeração” continuam proibidas na fase amarela.

Reabertura do comércio de rua em São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

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Salões de beleza

Na fase três, a distância mínima entre as estações de trabalho deve ser de dois metros. Quando há cadeiras ou outros equipamentos dispostos lado a lado, é recomendável que um espaço fique vazio entre duas em uso.

Os atendimentos precisam ser previamente agendados com intervalo de tempo suficiente para higienização do espaço. Além disso, o governo pede que os funcionários do estabelecimento orientem o cliente a não marcar atendimentos em horários de pico. Não é recomendável a presença de acompanhante, mas, quando for necessário, limita-se a um por cliente.

Os profissionais devem usar toucas descartáveis e manter as unhas cortadas. Se o serviço realizado necessitar de contato físico, o funcionário deve utilizar farda branca ou jaleco de TNT descartável, além de luvas.

A higienização dos ambientes e móveis deve ser ampliada, assim como a de equipamentos como bobs, presilhas, pentes, escovas e pincéis de maquiagem. O documento do Plano São Paulo detalha como deve ser feita a limpeza dos utensílios. As peças devem ser colocadas de molho por 15 minutos em solução de água com água sanitária.

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Nos serviços de estética, os protocolos são ainda mais rígidos. Os clientes devem usar máscaras médicas que podem ser fornecidas pelo estabelecimento. Os profissionais devem usar protetores faciais ou a combinação de máscara, preferencialmente a N95, e óculos, além de aventais.

As clínicas estéticas devem orientar os clientes do grupo de risco ou aqueles que estejam doentes que evitem ir ao estabelecimento. Se um profissional do local for infectado pelo novo coronavírus, os clientes atendidos por ele devem ser avisados prontamente.

Bares, restaurantes e similares

Na fase amarela, o plano recomenda que esses estabelecimentos funcionem por meio de reserva de lugares para evitar aglomerações, com clientes reunidos apenas em espaços ao ar livre. Aqueles que oferecem sistema de autosserviço (como buffet por quilo, por exemplo) devem designar funcionários específicos para servir os clientes, respeitando o distanciamento.

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Os utensílios, como garfos e facas, devem ser higienizados com frequência e disponibilizados aos clientes em embalagens apropriadas. Os temperos devem estar em recipientes individuais.

Os uniformes dos funcionários precisam ser lavados e trocados diariamente. Há de se ter cuidado na hora de levar a roupa até o local de trabalho: ela deve ser transportada em embalagem plástica e utilizada apenas no estabelecimento.

O plano prevê que o estabelecimento é responsável por fornecer máscaras e álcool em gel 70% para os entregadores que fazem parte do quadro de funcionários. No caso de entregadores terceirizados ou que trabalham em aplicativos de delivery, a responsabilidade é da empresa a qual o trabalhador está vinculado. O governo orienta que esses profissionais não deixem a bolsa de transporte no chão para evitar contaminação.

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A higiene também deve ser reforçada nos estabelecimentos. Cuidados adicionais precisam ser tomados, como a limpeza do sistema de exaustão. Aqueles equipamentos que são limpos por empresa terceirizada precisam ser higienizados antes da reabertura do local. Cardápios devem ser adequados à nova realidade. Para isso, o plano recomenda que os estabelecimentos adotem menus físicos que possam ser higienizados ou cardápios digitais.

A empresa tem o dever de informar os funcionários sobre as novas medidas de higiene e segurança. Os clientes devem ser orientados a lavar as mãos ou utilizar o álcool em gel antes das refeições.

Shoppings, comércio popular e serviços

Shopping centers, galerias, comércio popular e alguns setores, como as imobiliárias, concessionárias e escritórios, já haviam sido liberados, com restrições específicas, na fase laranja do Plano São Paulo.

Antes, os estabelecimentos podiam atender somente com 20% da capacidade e um horário reduzido de 4 horas seguidas. Com a adoção da fase amarela, estes setores poderão ampliar a capacidade de atendimento para 40%, durante 6 horas diárias. Os protocolos de distanciamento social e higiene continuam os mesmos e devem ser respeitados.

Para as atividades imobiliárias, o governo recomenda que as visitas a imóveis sejam feitas por uma família de cada vez e tenham agendamento prévio. Os corretores devem portar álcool em gel 70% para uso próprio e dos clientes.

Nas concessionárias, o Plano recomenda a implementação de medidas que evitam o fluxo de clientes dentro do show room. Caso o atendimento presencial seja necessário, as visitas devem, preferencialmente, ter agendamento prévio.

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O acesso à concessionária deve ser controlado, com o fornecimento oobrigatório de álcool em gel 70% para clientes e atendentes. Além disso, máscaras devem ser entregues a todas as pessoas que entrarem na loja, principalmente os funcionários. As medidas de higiene e limpeza devem ser intensificadas. 

Nos escritórios, deve haver distanciamento entre as pessoas. Se necessário, é recomendado que o espaço, com mesas, computadores e equipamentos, seja reorganizado. A presença de pessoas de fora deve ser evitada e as reuniões devem ser prioritariamente virtuais. A higienização do local precisa ser reforçada e álcool em gel 70% deve ser fornecido a funcionários e eventuais clientes.

Para comércios e shopping centers, a entrada de clientes deve ser controlada e o fluxo nos estabelecimentos precisa ser monitorado. Para isso, os corredores das lojas devem ser unidirecionais, de “mão única”. 

O Plano recomenda que os estabelecimentos não façam atividades promocionais e campanhas que gerem aglomerações nas lojas físicas. Os eventos devem ser suspensos, incluindo os de reabertura das lojas e centros comerciais, assim como atividades para crianças. 

As lojas são incentivadas a criar campanhas de comunicação para estimular o uso de máscaras e a higienização das mãos. O uso de máscaras continua obrigatório em todo o Estado e os estabelecimentos devem fornecer álcool em gel 70% aos clientes e funcionários. Alarmes devem ser instalados para lembrar os funcionários de fazer a higienização periódica das mãos.

Os shoppings centers devem espalhar comunicados sobre prevenção ao novo coronavírus em escadas rolantes, elevadores, cancelas de estacionamento e outras áreas de fluxo de pessoas. 

Plano SP

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Chamado de Plano São Paulo, o programa de saída da quarentena prevê o retorno de serviços não essenciais por etapas. Para isso, a gestão João Doria estabeleceu protocolos para regionalizar as estratégias de combate à covid-19 - e não mais adotar regras de controle idênticas para todos os 645 municípios.

São cinco níveis de restrição, indicados por cores, que vão desde a fase mais rígida até a liberação total. De acordo com o governo, a classificação é realizada com base no comportamento da pandemia em cada região (número de casos, óbitos e internações) e a capacidade de atendimento do sistema de saúde do Estado.

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