Policiais federais e auditores do Ministério do Trabalho descobriram, nesta quinta-feira, 28, em São Mateus do Sul, no sudeste do Paraná, cerca de 40 trabalhadores em condições próximas a de escravidão, por causa da precariedade do local e da situação degradante a que são submetidas. A área tem 44 hectares e pertence à Petrobrás. Segundo a TV Globo, a empresa já foi notificada. Entre os trabalhadores, havia um adolescente de 16 anos. A Petrobrás fez um acordo com os antigos donos da propriedade rural para que eles desmatassem a área, onde será realizada a exploração de xisto. Numa jornada árdua e ao som de motosserras, os trabalhadores sem carteira assinada realizavam o corte da madeira sem o uso de luvas e botas. No final do dia, o grupo era obrigado a dormir em carroças, barracas de lona ou casebres abandonados. O Ministério do Trabalho criou um grupo especial móvel para atender a todo o estado do Paraná, o campeão neste tipo de caso. No mês passado, 228 cortadores de cana já haviam sido flagrados em situação semelhante na cidade de Porecatu, no norte paranaense.