
17 de fevereiro de 2011 | 00h00
Formadoras de críticos e realizadores, foram essas salas resistentes ao circuito dos shoppings - cuja programação privilegia os filmes americanos - que revelaram aos cinéfilos a existência de produções independentes dos países europeus, latinos e asiáticos.
O Belas Artes, por exemplo, ressurgiu como cinema de arte em 1967, época áurea do cinema francês de Godard e Truffaut, diretores apresentados e discutidos em sessões acaloradas por futuros cineastas, inspirados pelo exemplo da nouvelle vague francesa.
Os cinemas de rua foram focos de articulação contra governos tirânicos que censuravam filmes, do Paissandu, no Rio, que deu nome à geração que enfrentou a ditadura nos anos 1960, ao cine Marachá, na Rua Augusta, frequentado por cinéfilos nos anos 1970. Por essas salas passaram filmes marcados pelo elogio da diversidade, hoje ameaçada pela uniformização cultural ditada pelos exibidores.
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