
21 de fevereiro de 2011 | 00h00
No Recife, uma separação conjugal terminou em tragédia familiar, também na noite de sábado. Inconformado com o fim do casamento, Acyr de Oliveira Correia, de 57 anos, matou uma filha e feriu a outra. Na sequência, ele se matou. Correia estava separado havia 15 dias da mulher, depois que ela soube que ele teria assediado a empregada.
As duas histórias confirmam uma das conclusões da pesquisa da Fundação Perseu Abramo e do Sesc: a infidelidade, ou a desconfiança sobre a fidelidade, tem papel preponderante entre as motivações das agressões. Entre as entrevistadas, 46% das mulheres que sofreram violência atribuem a agressão a esse questionamento. Já entre os homens agressores, 50% dizem ter tido o "controle de fidelidade como razão". "Essas respostas são espontâneas. Elas fazem questionar o papel da monogamia na cultura da violência. A sociedade não discute esse tema", diz Gustavo Venturi, supervisor da pesquisa. / FLÁVIA TAVARES, ELVIS PEREIRA e MONICA BERNARDES, ESPECIAL PARA O ESTADO
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.