SÃO PAULO - A última rodada de oficinas participativas da revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo está marcada para este sábado, 26. As reuniões começam às 8h em quatro subprefeituras: Butantã, Lapa ePinheiros, na zona oeste, e Sé, na região central. Até quarta-feira, 31, a Prefeitura recebe sugestões de melhorias propostas por moradores pelo site www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br.
O Plano Diretor é um conjunto de diretrizes que servem para ordenar o crescimento da cidade. Por meio dele, é possível organizar a distribuição, nos bairros, de moradia e atividades econômicas (comércio, indústrias, serviços), definir as obras prioritárias para evitar enchentes e melhorar a mobilidade, propor onde devem ser implantados novos parques, entre outras coisas. O atual plano virou lei em 2002.
Movimentos sociais devem aproveitar as últimas rodadas de participação para entregar dois manifestos. O primeiro foi feito por um grupo formado por associações que representam moradores de dez bairros residenciais. Eles querem pedir que o novo Plano Diretor mantenha congelado o zoneamento de regiões como os Jardins América, Europa, Paulista e Paulistano, além de City Boaçava, Alto de Pinheiros, Jardim Lusitânia, Vila Nova Conceição, Jardim das Bandeiras e Pacaembu.
Os moradores argumentam que os bairros estritamente residenciais - onde não é permitida a construção de prédios nem a instalação de indústrias ou comércio - são uma importante reserva de área verde para a cidade. Eles ajudam no equilíbrio da temperatura e na drenagem de toda a cidade, segundo os moradores. Somados, os bairros estritamente residenciais representam 3,94% do território urbanizado da capital.
"Precisamos de uma proposta de Plano Diretor voltada para o crescimento ordenado da cidade e frear uma versão voltada apenas para a construção. Afinal, a cidade é feita do que: de pessoas ou de concreto?", diz o diretor-executivo da AME Jardins, uma das associações de bairro que assina o manifesto pela proteção dos bairros.
O outro texto, assinado por entidades como o Defenda São Paulo, pede que a revisão do Plano Diretor se aprofunde mais nos temas urbanos, garanta a participação popular e não aproveite propostas de revisão que não foram aprovadas nos últimos anos.
Serviço:
Subprefeitura do Butantã
CEU Butantã (Avenida Engenheiro Heitor Antonio Eiras Garcia, 1870. Jdm Esmeralda)