FGV suspende aulas após morte de estudante próximo a campus

Dois alunos de administração foram baleados em bar perto da faculdade na Bela Vista; um segue internado

PUBLICIDADE

Por Bruno Lupion e Marília Lopes
Atualização:

SÃO PAULO - A Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo suspendeu todas as aulas nesta quinta-feira, 24, após a morte do estudante Júlio César Grimm Bakri, que foi executado com cinco tiros em uma bar ao lado da faculdade na noite de ontem. Amanhã a faculdade volta a funcionar normalmente, de acordo com sua assessoria de imprensa.

 

PUBLICIDADE

Outro aluno da FGV, Christopher Akiocha Tominaga, também foi atingido pelos disparos e está internado no Hospital das Clinícas (HC). Ambos cursavam o 4º ano do curso de Administração de Empresas na faculdade.

 

Bakri e Tominaga tomavam cerveja com amigos em um bar ao lado da FGV quando criminosos atiraram pelo menos quinze vezes na direção dos jovens. Segundo testemunhas, os criminosos chegaram em uma moto preta, desceram sem tirar o capacete e entraram no bar. Instantes depois, saíram com as armas em punho e abriram fogo contra as vítimas - uma das armas era uma pistola ponto 45, de uso exclusivo do Exército. Eles deixaram o local sem levar nada. Três estudantes que também estavam na mesa se refugiaram no bar.

 

O delegado Ricardo Prezia, do 4º Distrito Policial, na Consolação, conversou com amigos das vítimas e o dono do estabelecimento - todos disseram que os estudantes não aparentavam ter inimigos. Na delegacia, o irmão de Tominaga contou que o familiar se envolveu há cerca de um mês numa briga em um bar no Bexiga, também na região central, após desconhecidos provocarem sua namorada.

 

"Pelas características do crime, foi uma execução. Mas vamos apurar se o alvo eram eles mesmos, pode ter havido um erro", disse o delegado. Prezia requisitou as imagens de duas câmeras de segurança de um prédio ao lado do bar e também usará imagens de câmeras de trânsito da Prefeitura instaladas na Avenida 9 de Julho. Até o momento, ninguém foi preso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.