
16 de setembro de 2010 | 00h00
Um novo prédio de 19 andares assinado por Oscar Niemeyer vai marcar a paisagem da enseada de Botafogo, na zona sul do Rio. A torre fará parte do complexo que abriga a Fundação Getulio Vargas (FGV) e deve ficar pronta entre o fim de 2012 e o início de 2013 - quase 70 anos depois da concepção do projeto original, feito pelo arquiteto.
A segunda torre do complexo terá aspecto semelhante ao edifício já existente e será batizada com o nome de Oscar Niemeyer. A obra e a construção de uma esplanada entre os prédios, com auditórios e uma biblioteca, devem consumir mais de R$ 100 milhões em até dois anos e meio.
Niemeyer criou em 1944 os desenhos dos edifícios da então recém-fundada FGV. A primeira torre, com 14 andares, foi inaugurada em 1968, mas o restante só começou a sair do papel neste mês. Modificações foram feitas no projeto para adaptar o prédio aos padrões atuais de eficiência energética e sustentabilidade.
Polêmica. A intenção de construir a nova torre existe há cerca de 20 anos, mas não pôde seguir adiante porque, desde 1983, o Projeto de Estruturação Urbana de Botafogo limitava em três andares os novos edifícios comerciais. Em 1999, a prefeitura apoiou uma legislação específica na Câmara permitindo a obra. Mas os planos foram interrompidos por uma disputa na Justiça com a associação de moradores do bairro. A FGV venceu a batalha no ano passado.
"O adensamento daquela área vai prejudicar o bairro, com o aumento dos congestionamentos e a poluição sonora causada pelo heliporto que pretendem fazer", afirma Regina Chiaradia, presidente da Associação de Moradores de Botafogo.
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