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Feriado terá várias atrações sobre a Revolução de 32

Exposições, cerimônias e outros eventos lembrarão os 80 anos do movimento em que paulistas recorreram a armas pela Constituição

Por Edison Veiga
Atualização:

A Revolução Constitucionalista de 1932 faz 80 anos na segunda-feira. E não faltam opções para quem quer aproveitar a data mais importante da história paulista para conhecer um pouco sobre o movimento armado contra o governo de Getúlio Vargas e a favor da Constituição.Com documentos, fotografias e objetos, a mostra SP, 1932:80 Anos do Movimento Constitucionalista, em cartaz no Arquivo Público do Estado, narrar os principais fatos que culminaram no movimento revolucionário. A exposição conta, em detalhes, o episódio que causou a morte dos estudantes Mário Martins, Euclides Miragaia, Dráusio de Souza e Antônio Camargo - eternizados na famosa sigla MMDC - e mostra os esforços de guerra que mobilizaram a população, como a campanha Ouro Para o Bem de São Paulo, em que milhares de paulistas doaram até alianças de casamento para financiar as batalhas. São contextualizadas geograficamente as principais zonas de conflito e há espaço para detalhar como era o cotidiano dos jovens soldados nas trincheiras, com exibição de armas e objetos de uso pessoal, como roupas, garrafas e talheres.Outras instituições também vão se dedicar ao episódio histórico. A Casa Guilherme de Almeida apresenta programação especial que mostra a participação revolucionária do poeta que dá nome ao museu. Será exibido o documentário A Guerra Civil, de Eduardo Escorel (1992). Dia a dia. Com fotos impressionantes, o Museu da Energia de São Paulo abre hoje a exposição 1932, o Ano da Revolução Paulista. As imagens mostram vários momentos: o alistamento e os exames médicos dos soldados, a preparação das mulheres para atuarem como enfermeiras nos confrontos, o dia a dia nos campos de batalha. Documentos e objetos da época complementam a coleção. No centro da cidade, uma opção para conhecer mais sobre a história da revolução é a Galeria Jorge Mancini, na Associação dos Funcionários Públicos do Estado (AFPESP). O memorial fica aberto diariamente, mas apenas em dias úteis - não estará disponível, portanto, no feriado. No acervo há dezenas de objetos, armas e fotos do movimento, doados pelo ex-combatente Jorge Mancini (1900-1993). O Museu TAM, em São Carlos, já começa as comemorações pelos 80 anos da revolução no domingo. Às 10h, uma cerimônia na área externa terá banda do Tiro de Guerra de São Carlos, hasteamento das bandeiras do Brasil e do Estado e palestra sobre o tema. Estará em destaque uma das relíquias do acervo: o monomotor Waco CSO, usado no levante paulista, que integra a coleção da instituição desde 2006.Em 1932, esse modelo de avião foi usado tanto pelas tropas revolucionárias quanto pelo governo federal. O aeroplano tem espaço para duas metralhadoras, cofres de munição, bombas de 110 quilos e comporta até três tripulantes em cabines abertas. Ao longo da semana, o museu vai expor alguns objetos remanescentes da revolução, como capacetes, brasões, granadas e fuzis. Há ainda duas mostras virtuais. O site www.museudaimigracao.org.br, com o projeto 1932, Acervos e Memórias, se dedica a reunir imagens e informações sobre o tema de museus, arquivos e bibliotecas paulistas. Já a exposição 1932: A Guerra Paulista (www.arquivoestado.sp.gov.br) conta a história de forma didática e cronológica, dividindo o conflito em sete partes e indicando atividades pedagógicas para professores.Desfile. Já a homenagem oficial aos que lutaram no movimento está marcada para as 9h de segunda, na frente do Obelisco do Ibirapuera (Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n.º, na zona sul).

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