24 de fevereiro de 2011 | 00h00
No centro da capital, a polícia "fica mais em cima" e "pega os rodinhos" usados para lavar os vidros dos carros. As esquinas também são mais disputadas e a população é menos afeita a dar dinheiro. Por esses motivos, Ronaldo Adriano, de 27 anos, e a mulher, Adriana Rodrigo, de 34, passaram a ir com o filho M., de 7 anos, de São Mateus para Santo André.
Outros jovens da zona leste da capital buscam as ruas do ABC, aproveitando a linha de trólebus intermunicipal, em que vão pendurados do lado de fora. O trânsito permanente é típico dos que estão na rua. Adriana tem mais dois filhos e está grávida do quarto. Eles ganham R$ 80 por semana. Adriana recebia R$ 90 mensais com o renda mínima, mas perdeu porque o filho de 14 deixou a escola.
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