
13 de julho de 2011 | 00h00
Em entrevista coletiva ontem à tarde, ele chorou ao lembrar da filha única, Taís, de 14 anos, que estava no avião e lamentou que a lei brasileira não permita a responsabilização da pessoa jurídica no âmbito penal. "Temos convicção de que TAM, Anac, Infraero e Airbus deveriam ser penalizadas. Infelizmente, não tivemos todos eles na denúncia, mas pelo menos uma parte."
Dario diz esperar que a denúncia leve as autoridades a refletir a respeito das políticas públicas destinadas à segurança de transportes aéreos. Para ele, desde o acidente, a segurança de voo no Brasil não melhorou. "A única coisa que aconteceu foi o aumento no número de passageiros. Congonhas, que foi o palco da tragédia, não recebeu sequer uma área de escape. A pista continua com problemas."
Advogado da Afavitam, Ronaldo Marzagão, que na época do acidente era secretário de Segurança Pública de São Paulo, afirmou que aguarda que a 8.ª Vara de Justiça aceite a denúncia até sexta-feira - assim não haveria nenhum risco de o crime prescrever. "Isso poderia ocorrer se a sentença final for de até 2 anos. É um zelo que devemos ter e por isso aguardamos uma decisão ainda nesta semana."
Justiça. A associação prefere não falar sobre os processos de indenização. "É assunto que não se discute na Afavitam. Cada família trata de forma individual. Alguns já receberam, outros não. Mas é algo muito íntimo e doloroso", diz Dario.
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