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Familiares buscam esperançosos uma solução definitiva

Por É PSIQUIATRA DO INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS (IPQ-HC) , COORDENADOR MÉDICO DO NÚCLEO DE PSIQUIATRIA FORENSE e PSICOLOGIA JURÍDICA (NUFOR).
Atualização:

Análise: Daniel de BarrosTemos visto nos últimos dias a mobilização das famílias no atual movimento de internação compulsória dos usuários de crack - além das mães, filhos, até primos e cunhados vêm se envolvendo na condução dos dependes químicos ao Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod).Tal afluxo é uma mostra direta de como a vida da família é afetada quando um dos membros se envolve de forma tão intensa com as drogas. A desestruturação atinge não só as relações pessoais, mas mesmo a vida profissional e social das pessoas fica prejudicada. Ao encontrar uma possibilidade de tratamento, vislumbrada pela propaganda de tais internações e tratamentos, os familiares acorrem esperançosos por uma solução.O envolvimento da família é de fato essencial em qualquer programa de recuperação de dependência química. Sem o engajamento de todos, a chance de recaídas após uma internação é alta. Isso porque o estresse gerado pelas consequências do uso de drogas potencializa em muito os conflitos próprios de toda dinâmica familiar. Abordar questões como raiva, preconceito e mágoas é fundamental para aumentar a já espremida margem de sucesso no tratamento de dependências tão graves como a dos moradores da cracolândia.

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