
10 de abril de 2010 | 00h00
No início da tarde de ontem, ela achou que a ansiedade havia se transformado em alucinação ao ver o casal na multidão de parentes, curiosos e jornalistas. "Eles estavam ali e olhavam as máquinas revirando a terra. Não acreditei. Eu tive de tocar neles. O alívio é enorme", disse.
O casal contou que as rachaduras em casa vinham aumentando desde segunda-feira. Na quarta-feira, algumas horas antes da tragédia, eles acharam que a situação estava impraticável. "A sala estava toda rachada. Resolvemos ir embora e ainda passamos na casa de um casal amigo nosso, que também nos acompanhou. Acho que foi sorte", contou Érica.
Os dois foram para a casa dos pais de Érica, no bairro da Engenhoca, em Niterói. Eles ficaram sabendo do deslizamento do Morro do Bumba apenas no dia seguinte.
Desde então, o casal tentava localizar Adriana, que não tem celular e mora em Jardim Amendoeira, em Alcântara, distrito pobre da cidade de São Gonçalo.
A alegria discreta de Adriana chamou a atenção dos jornalistas e parentes de outras vítimas, que também se emocionaram com o encontro ao acaso. Após incontáveis abraços e longas entrevistas, os três foram embora juntos. /
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