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Família morta em Ferraz de Vasconcelos é enterrada

Mãe e quatro filhos foram encontrados dentro de apartamento; pais das vítimas acusam o namorado de Dina, que está preso

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Por Redação
Atualização:

Atualizado às 16h40.

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SÃO PAULO - Os corpos da auxiliar de enfermagem Dina Vieira da Silva, de 42 anos, e de seus quatro filhos, de 6, 11, 12 e 16 anos, foram enterrados no fim da tarde desta quarta-feira, 18, no Cemitério Memorial Bosque da Paz, em Vargem Grande Paulista, na Grande São Paulo. Eles foram encontrados no apartamento da família, em Ferraz de Vasconcelos, na madrugada de terça-feira, e a polícia suspeita que tenham sido envenenadas pelo namorado de Dina, o técnico Alex Guidone Pedraza, de 33 anos, que foi detido. A família tenta agora arrecadar os R$ 18 mil pagos pelos sepultamentos.

Dina tinha seis filhos com quatro pais. O suspeito é pai de uma criança que não foi morta. No velório, os pais de quatro vítimas disseram que a auxiliar de enfermagem era uma mãe exemplar e acreditam que Pedraza pode ter cometido os assassinatos. "Não posso acusar 100%, mas tenho impressão de que foi ele", disse Braz Lopes de Souza, de 41 anos, que é pai biológico de Karina Rosa da Silva Lopes, de 16 anos, e registrou Carlos Daniel da Silva Lopes, de 12, e Caroline Laura da Silva Lopes, de 11, todos encontrados mortos.

Segundo Souza, a relação entre Dina e Pedraza era "muito tumultuada". "Não é fácil enterrar três filhos. Estou arrasado." O pai biológico de Carlos e Caroline, o metalúrgico Aparecido Elias dos Santos, de 42 anos, também acredita que o namorado tenha matado a família. "Ela era uma mãe exemplar. Não faria isso nunca. Ele (Pedraza) sequer deixava eu falar com ela ou as crianças."

De nacionalidade boliviana, Pedraza teve a prisão temporária decretada na própria terça e está na Cadeia Pública de Suzano, cidade próxima a Ferraz. De acordo com a polícia, a namorada já havia registrado queixas por agressão contra ele, já condenado uma vez por furto. Em sua versão, o homem conta que foi procurar Dina e, ao tocar na campainha de seu apartamento, ninguém atendeu. Ele diz que resolveu então dar a volta e viu pela janela o corpo de duas crianças. Com a ajuda do subsíndico e de outro morador, arrombou o apartamento, à 0h30.

Na sala foram achados os corpos de Vitória Cristina Vieira da Silva, de 6 anos, no chão. Ao lado dela, no sofá, estava Caroline, de 11. No quarto foi achada Dina e, no banheiro, a filha mais velha, Karina. No outro quarto estava o único menino, Carlos, de 12 anos, enrolado em um cobertor.

A polícia encontrou no local uma jarra contendo um líquido amarelado, um recipiente com pedaços de bolo e uma panela de pressão com sopa. Os alimentos passarão por perícia, assim como o sistema de gás.

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Pedraza havia passado o dia com a polícia na terça. Ao chegar ao condomínio em uma viatura, escondeu o rosto. Depois passou por exame de resíduos sob as unhas e lesões. À noite, foi para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo.

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