
28 de setembro de 2011 | 03h03
Nos três primeiros dias de Rock in Rio, dezenas de pessoas, a maior parte jovens que moram nas cercanias e não tiveram dinheiro suficiente para o ingresso, se aglomeraram ali. Graças ao bom alcance do som e da imagem do Palco Mundo (são três telões), é possível ver e ouvir bem as performances. Ambulantes vendem cerveja e batida de morango.
Muita gente já se programou para voltar. O sonho é dar a sorte das jovens Mayuri Mitsyuo e Luiza Andrezza, de 17 anos, que, domingo, por volta das 22 horas, ganharam ingressos de um funcionário da lojinha da rede Spoleto. De chinelo e cabelo molhado, as meninas haviam acabado de sair de casa, em um condomínio atrás do Riocentro. Davam entrevista ao Estado quando seu redentor chegou. "A gente veio só para dar uma olhada. Um amigo conseguiu comprar no cambista por R$ 50", dizia Mayuri, quando... "Tchaaauuuu!!!", gritou de longe, chegando à entrada.
A história virou lenda entre os sem-ingresso. "Eu não dou essa sorte... Mas é melhor estar aqui do que ver o Metallica pela televisão. A única diferença entre você e eu é essa grade", brincava o mergulhador Eric Jabyan, de 36 anos. "Não acho certo eles cobrarem R$ 190, quando paguei R$ 35 na última edição. O arroz não aumentou isso tudo. Vou voltar para ver Evanescence e System of a Down", afirmou o produtor Gabriel Capri, de 28 anos.
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