16 de janeiro de 2014 | 02h05
O Estado não tem recursos humanos e financeiros para administrar de forma eficaz o sistema penitenciário. As Parcerias Público-Privadas (PPP), como a que foi feita em Belo Horizonte, e como São Paulo pretende adotar, são uma alternativa viável para amenizar o cenário caótico, mas se deve priorizar as unidades de progressão da pena.
O que vemos hoje é uma política cada vez mais voltada para sistemas fechados, com presídios de segurança máxima, e um abandono das unidades do regime semiaberto.
No fechado, o indivíduo fica restrito de liberdade e não tem incentivos para progredir, estudar e trabalhar. Vive em uma estrutura precária, com péssima higiene, alimentação e superlotação. O abandono faz com que os presos passem a administrar o presídio, ditando "leis", um círculo vicioso negativo.
A lei prevê o patronato, para prestar assistência e garantir a reinserção social dos egressos, mas isso praticamente inexiste.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.