
02 de fevereiro de 2015 | 18h21
FRANCA - O racionamento diário de 13 horas e o baixo nível dos reservatórios fizeram a prefeitura de Nova Odessa, em São Paulo, anunciar a construção de uma nova represa e uma Estação de Tratamento de Água (ETA). As obras estão previstas para começar no segundo semestre deste ano e custarão R$ 7,2 milhões, sendo quase todo o valor proveniente de financiamento assinado com a Caixa Econômica Federal.
A represa Recanto 4 terá capacidade de armazenamento de 130 mil metros cúbicos de água bruta e ocupará uma área de 31 mil metros quadrados. A cidade já soma 1,4 milhão de metros cúbicos de água nas outras três represas da região, além de 830 mil metros cúbicos armazenados em outras duas, em outro ponto da cidade.
A nova represa beneficiará diretamente 11 bairros e a construção de outra ao lado já é estudada. Segundo o prefeito Benjamin Vieira de Souza (PSDB), a Coden - empresa do município responsável pelo serviço de água - já tem outorga para fazer a obra que deve armazenar 200 mil metros cúbicos em uma área de 85 mil metros quadrados. "Estamos buscando recursos com o governo federal para viabilizar também esta quinta represa", afirmou.
Durante a assinatura do convênio, na semana passada, o gerente da Superintendência Regional de Campinas da Caixa Econômica Federal, Mário Tonon, informou que em dois anos o banco investiu cerca de R$ 100 milhões no município.
Seca. Com 56 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Nova Odessa é um dos municípios paulistas que sofrem com a crise hídrica. Os reservatórios iniciaram fevereiro com 39% da capacidade - volume que esteve bem mais baixo e subiu com as últimas chuvas. Em 2014 um estudo apontou que 68 das 136 das nascentes do município secaram.
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