27 de agosto de 2011 | 00h00
Lucas Rosseti, de 21 anos, acusado de matar o analista Eugênio Bozola, de 52 anos, e o modelo Murilo da Silva, de 21, em um prédio na Rua Oscar Freire, estava foragido até a noite de ontem: nem sua família sabe seu destino. O também modelo Alex Rosseti, de 20 anos, irmão de Lucas, encontrou-se com ele na terça, em Sertãozinho (SP). Lucas tinha a mão machucada - a polícia afirma que o autor do crime assassino está ferido -, mas não disse o que aconteceu.
Quando você falou com Lucas?
O Lucas veio para cá na terça-feira (o crime aconteceu na segunda-feira), no fim da noite. Colocou o Civic (que é de Bozola) na garagem e falou que era dele.
Como estava?
Não comentou nada sobre o que aconteceu. Estava com a mão machucada, com cortes a faca. Falou que foi mordido por um cachorro. Foi discreto, não parecia ressentido.
Como você soube que ele era suspeito de um crime?
Eu e minha mãe só descobrimos na quarta, quando vimos na TV (Lucas e Alex são filhos de mães diferentes e o primeiro mora em Igarapava). Mas, ainda cedo, ele pegou o carro e foi embora.
Falou com ele de novo?
Por telefone, na quarta à tarde. Ligou para perguntar a repercussão, mas não deu detalhes de nada. Eu disse para voltar, se entregar e explicar. Ele respondeu "Eu sei o que estou fazendo", desligou e sumiu.
Você acha que ele é culpado?
O caráter dele indica que ele não faria isso. Mas se aconteceu, deve ter tido um motivo. E se fez, deve pagar por isso.
O que o Lucas fazia?
Trabalhava com o pai em Igarapava, onde mora.
Você conhecia o Eugênio?
Nunca ouvi falar dele. E para mim foi uma surpresa que o Lucas possa ser homossexual.
Como você está se sentindo?
Aconteceu muita coisa. Hoje já prestei depoimento. Mas perdi meu emprego como monitor de informática por causa disso. E tem minha carreira, tinha conseguido contatos em agência e agora pode sujar meu nome.
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